sábado, 12 de março de 2011

DESTINO



A saudade hoje me apanhou no colo
Fez- me uma caricia e um cafuné,
Levou-me ao celular e mostrou sua foto
E lembrei-m de estar mordendo o seu pé.
A saudade cochichou em meu ouvido
E me disse que sem voce eu sou ninguém
Disse a ela que concordo e não duvido
E o quanto a minha vida voce faz bem.
Ela pegou-me e encostou-me na parede
E o seu hálito ofegante eu senti...
Disse-me que o amor não se arrepende
E que a lembrança é o que podemos refletir.
Essa saudade que hoje me pegou de jeito
Fez-me ver lagrimas que eu nem sabia possuir
Ela veio forte como uma dor ao peito
Ela me fez gritar de dor de amor e depois sorrir.
Ela me chamou e mostrou todas as suas qualidades
E me disse que por uma delas eu enlouqueci
Pessoas como voce no mundo chamamos de raridades
E deveras nenhuma como voce eu conheci.
A saudade neste momento preparou-me uma surpresa
Na mesma hora em que este poema eu fazia
Ela mandou voce aliviar minha tristeza
E voce ligou no mesmo instante em que eu escrevia.
Eu ouvi a sua voz em harmonia
Em um dueto com o galo que cantava
Sob sua janela com uma linda melodia
Que dizia: Osny venha para Caçapava.
A saudade disse que a distancia é nossa prisão
E nem se quer em murmúrio eu lhe respondi
Ela me disse que é amor só quando dói o coração
E bem neste momento esta dor então eu senti.
Vi a marca de uma flecha em meu tórax
E nela estava contida uma bela cicatriz
Liguei para a emergência e me enviaram um táxi
Siga para Caçapava... É cirurgia para ser feliz.
O motorista olhou-me e sem pestanejar me disse:
Filho hoje aqui voce não pede, voce manda!
Quase cambaleando eu entrei sem que pedisse
Destino: por favor, deixe-me no coração da Fernanda!
(OSA)

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